Do hemisfério norte ao sul, todos nós gostamos de histórias. Faz parte da nossa essência. Lemos, conversamos e assistimos filmes. São fontes para a nossa necessidade de conhecer, descobrir, explorar. Pensando nos momentos de lockdown que todos nós vivenciamos em 2020 e em 2021, foram os filmes, séries, músicas e livros que nos mantiveram de pé por todo mundo.
No Brasil, não foi diferente. Por mais que vivenciamos grandes quedas do mercado cultural no país, a produção cinematográfica nesses anos continuou tentando (a medida do possível e do impossível) se manter em um país onde cada vez mais ou investimentos são mais baixos e menos frequentes.
A sétima arte que nasce hoje no Brasil é um dos grandes destaques do país por todo o mundo. Em grandes festivais do cinema mundial como o Festival de Cannes, Festival de Veneza e o Festival de Berlim normalmente conta com algum longa-metragem ou curta metragem brasileiro. Hoje um grande retrato dos filmes produzidos no Brasil, e até de toda américa latina, é o Festival de Cinema de Gramado. Ele acontece anualmente na cidade de Gramado, localizado no sul do País.
A questão é que estamos no final do ano: provavelmente, tudo que você mais quer agora é descansar. Foi um ano difícil e concordo que nada melhor do que uma pipoca e um bom filme para isso. Inclusive no brasil é muito popular a combinação de pipoca com guaraná para essas ocasiões. O guaraná é uma fruta nativa da amazônia, o formato se parece com olhos, e essa “joia” da natureza brasileira está sempre na mesa dos brasileiros, como refrigerante ou uma bebida refrescante e energética.
Temos abaixo uma seleção de curtas metragens brasileiros para esse final de ano. Neles a cultura brasileira e a indústria cinematográfica brasileira são exploradas e amplamente retratadas.
Da Janela vejo o mundo, Ana Catarina Lugarini
“Existe esse vazio, as memórias que são feitas de dores… aí você pega um punhado delas, aperta mas elas ficam ali. Permanecem”.
Com 16 minutos de duração, o curta tem uma sinopse muito simples: Catarina caminha pela areia da memória. Com uma estética e uma cinematografia brilhantes, o filme apresenta um decorrer pelas lembranças.
Céu de agosto, Jasmin Tenucci
“Em um mundo em chamas, uma enfermeira grávida de sete meses lida com uma crescente ansiedade enquanto se vê, aos poucos, atraída por uma fiel da igreja pentecostal e por sua comunidade”, é isso que é apresentado pelo filme.
O curta-metragem lançado em 2021, teve uma menção especial do Festival de Cannes e uma grande repercussão no próprio país.
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Desvirtude, Gaultier Le
O curta se baseia em uma denuncia brasileira: uma estudante de jornalismo negra que foi vítima de injúria racial na própria universidade. A trilha sonora é marcante, apresentando músicas de Baco Exu do Blues durante sua narrativa.
Cantareira, de Rodrigo Ribeiro
Com apenas 24 minutos, o filme de Rodrigo Ribeiro mudou a produção cinematográfica Brasileira. Conta a história de Bento, trabalhador e morador do centro de São Paulo, volta ao lugar em que cresceu: a casa do avô na Serra da Cantareira. Lá, busca não somente a paz, mas também um emprego.
O curta foi vencedor do 3º Prêmio da Competição Oficial da Cinéfondation – 74º Festival de Canne, do Grande Prêmio da Competição Nacional do 31º Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas Metragens do Rio de Janeiro e selecionado para a Competição Oficial do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
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